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Com as presenças do neo-líder do Mundial Aleix Espargaró (Aprilia), do Campeão do Mundo reinante Fabio Quartararo (Yamaha), do P9 Jorge Martin (Ducati), Campeão na moto3 em 2018, e do 8 vezes campeão e P15 no Mundial Marc Márquez (Honda), vai começar a 4ª Coletiva de Imprensa da temporada 2022.
Feitas as apresentações, começam as perguntas da organização.
Começando por… Aleix Espargaró, sobre a última semana. “Me sinto muito bem, estou muito feliz, os últimos dias foram fantásticos, me sinto relaxado, agora sei que posso vencer. Ano ado sofremos nesta pista, mas agora é asfalto novo, menos buracos, estou ansioso para começar. Vai ser completamente diferente aqui, na Argentina fiquei feliz, estamos na frente, a nova moto é muito boa, ei Martin na reta, sei que não vai ser fácil, em Portimão e Jerez vai ser um pouco menos difícil (em Portugal e na Espanha), mas vai ser bom. Senti a pista ontem de bicicleta, o novo asfalto é bem melhor que o anterior, as ondulações melhoraram, mas vamos ver com a moto como as coisas funcionam”.
Para Quartararo, sobre consistência. “Sim, não foi um começo fácil, nosso ritmo na Argentina não era ruim, mas comecei muito atrás e não foi uma corrida fácil, mas ano ado aqui não fomos mal e penso a partir daí. Em outubro de 2021 estava em uma posição melhor, vamos ver o novo asfalto, se tivermos tração, estaremos prontos para o fim de semana, acho que podemos ir bem. Claro que o campeonato está imprevisível, muito diferente do ano ado, 9 pilotos diferentes no pódio em 3 corridas, divertido para o público, vamos ver o que podemos fazer este fim de semana”.
Martin. “Tive um fim de semana muito bom na Argentina, estou animado, pole no Catar, P2 na Argentina. Aqui eu estava perto do pódio em 2021, mas tive uma Volta Longa no final, vamos ver como vai ser este ano. Nossa nova moto é melhor nas curvas do que a do ano ado, perdemos um pouco de velocidade, mas estou confiante, nosso ritmo é melhor do que no ano ado. Vamos ver o asfalto, não estou muito entusiasmado porque vi algumas ondulações ainda, vamos ver” .
Márquez, sobre o retorno. “Sim, claro que depois de Mandalika tive uma semana muito difícil, mas a lesão é muito menor do que da vez ada. Não me animei a correr riscos na Argentina, recomeçei treinar e depois dos exames médicos e a vista está bem. Não estou no meu melhor aqui no GP das Américas, mas vou tentar um bom TL1 e continuar a partir daí. Sobre o acidente na Indonésia não lembro muito bem, lembro mais vendo o vídeo do que o que senti,. mas foi um dos meus piores GPs da carreira, muitos tombos, um deles com o novo pneu traseiro, foi um highside (ejetada), mas quero recuperar minha confiança, foi pior na semana depois do acidente, é bom estar de volta. Não sei se conseguirei vencer aqui, é possível, mas estou voltando de lesão, recomecei a treinar há poucos dias, nosso plano é recuperar a confiança, vamos ver”.
Perguntas de motojornalistas.
Para Marc, como ele está em relação ao Catar e como ele vê o Campeonato. “Sim, claro que no Catar eu estava um pouco melhor, mas em termos de confiança estou pior, uma lesão como essa, que afeta a visão, abala, mas fora isso, sobre o Campeonato ele está lá, mas não é minha meta no momento”.
Para Aleix, sobre a pressão depois da vitória e para Quartararo sobre 2023.
Aleix. “Não, a 1ª vitória foi a mais difícil, agora estou relaxado, concretizei meu sonho, sei que posso vencer e vou tentar o máximo de pontos, a temporada é longa, mas sem pressão, claro.”
Fabio. “Estou concentrado em fazer meu trabalho, e quanto ao futuro vamos ver quando tomar minha decisão”.
Marc:”Os médicos (da corrida) me examinaram às 13:30 falaram comigo que eu poderia correr, mas é claro que se estou aqui é porque posso. Enxergar é assim, ou você vê ou não vê, não adianta apertar os olhos para ver melhor, hehe. Testei minha visão em Alcarras (Espanha), vamos er como vai ser o fim de semana”.
Aleix. “Vencer é especial, não gosto dessa pergunta (se com Marc na pista é mais difícil vencer) Marc é um dos melhores da história, especialmente aqui, mas há muitos outros grandes pilotos no grid. Estou feliz por ele (Marc) estar de volta, não só para o Campeonato, mas pessoalmente, você tem que ter força mental e bravura para vir de uma lesão séria, estou muito feliz por ele estar de volta, a MotoGP tem os melhores do mundo. Sobre o Campeonato, ele não está longe, todos estão perto, conquistei 45 de 75 pontos possíveis até agora, o Campeonato é o maior da história e Marc é um dos pilotos mais fortes”.
Martin sobre 2021 versus 2022. “Difícil dizer, pelo menos fomos mas constantes na Argentina, mas no momento acho que o ano ado estávamos um pouco melhor, mas temos potencial e isso pode mudar, espero”.
Marc. “O último tombo na Indonésia foi um dos grandes, tive muitos problemas na traseira, colocamos pneus novos e a frente perdeu aderência, tentamos entender. Mas o fato é que caí no pior momento, não esperava cair, ferir meu olho, mas meu corpo está ok. Eu acho que a carcaça diferente (do pneu traseiro) na Indonésia afetou o equilíbrio da moto e não ajustamos bem a moto. Neste fim de semana já disse antes que não miro a vitória, minha meta é recuperar a confiança após uma semana muito difícil depois da Indonésia, não me senti bem para correr na Argentina e se eu não me sentir confiante não vou forçar, não quero cair como na Indonésia. Tive 2 problemas de visão em apenas 6 meses, mas meu médico disse que o impacto foi grande, se eu cair este fim de semana ou em um ou dois anos o risco é o mesmo, é um nervo, se mexe muito e é dos meus pontos frágeis, mas vim correr, estou aqui para isso, sei do risco, é a minha paixão, não vou pensar em me machucar”.
Aleix. “A moto está ótima, o chassi é muito equlibrado, espero um fim de semana bem melhor, o novo asfalto torna a pista mais segura para todos, é uma vantagem para todos. Estou muito orgulhoso com o que fiz com a Aprilia, mas não penso no título, é um sonho, você tem que sonhar na vida, eu quero continuar aqui, mas não depende de mim, você nunca sabe o futuro, você pode continuar correndo ou não, mas gostaria de continuar correndo, claro”.
Marc: “Não sinto uma sensação só, são várias, a lesão, a diplopia, que comecei a sentir depois do primeiro voo, foi difícil, isso tudo te deixa amedrontado, mas minha sorte foi o exame médico, que disse que não era tão sério, me deu confiança, comecei a voltar, quando vi a corrida da Argentina de casa a visão estava normal, mas preferi não correr. Quero continuar correndo, a paixão é maior que o sofrimento, quero continuar meu caminho até o título, se não for possível, até recuperar minha confiança”.
Martin. “Não vou falar da festa (da P2) na Argentina, haha, foi uma longa noite com certeza, abrimos champanhe, comecei junto com Aleix, mas nos separamos porque ele está em outra fase, hehe”.
Aleix. “Não quero dizer mais nada, hehe. Gostei da festa, é bom aproveitar o momento, somos amigos, o nível da MotoGP é muito alto, mas na pista é diferente, ele é mais novo, então a fase é outra”.
Marc. “Acho normal pensar diferente, 4 ou 5 lesões graves, há 2 anos não estava aqui no GP das Américas, mas mesmo do sofá me sinto motivado, penso que não tenho medo, meu irmão me ajuda muito, a motivação para correr vem o a o, é normal, é como disse Jorge (Martin) no filme Unlimited, você pensa muito na 1ª semana, mas na 2ª já é diferente, para melhor, é a nossa paixão, o nosso combustível.”
Para todos sobre a primeira corrida ou a mais marcante que já assistiram.
Aleix. “Uma vez em Barcelona, torcia para Crivillé que caiu na Curva 1, então vi que a paixão e a competitividade é enorme nesse esporte.”
Fabio “2005 em Jerez, Valentino lutando com Sete, essa corrida foi uma das que me fez querer ser piloto de MotoGP”
Martin. “Valência 2006, Valentino ou a mão na minha cabeça, não lavei a cabeça por uma semana, hehe.”
Marc “Lembro de muitas, mas uma que está sempre na minha mente é Valentino e Jorge na última curva em Montmeló 2009, aquela corrida foi espetacular demais”.
Fabio. “Antes de começar o fim de semana vejo que quando não temos a aderência não temos chance, temos que focar nisso, sem falar da velocidade máxima. Mas entro na pista com a melhor mentalidade possível, mas no final é acrditar em você mesmo e tentar atingir o que você se propões drante o fim de semana.
Perguntas de pilotos na North America Talent Cup, que começa neste fim de semana.
Fabio. “Antes do fim de semana de corrida sempre penso no planejamento, em faer o melhor com a equipe; depois penso no resultado, se foi bom você desfruta com os amigos com a equipe, se foi ruim, penso em soluções para melhorar, nos lados positivos de um mau resultado para melhorar no futuro.”
Marc.”A paixão pelas motos vem dos meus pais, desde bebê eu ia às pistas com ele, a paixão vem daí, comecei no motocross aos 4 anos”.
Aleix. “Bem, caí 5 vezes aqui ano ado, nem tinha peças para consertar a moto, este ano o asfalto parece melhor e espero fazer uma boa corrida.”
Placas de perguntas sobre os 500 GPs da Dorna.
Quem ganhou o 1º GP gerenciado pela Dorna, Doohan, Mamola ou Schwantz?
Acho que foi Doohan, letra A, todos acertaram menos Fabio.
Quem tem mais vitórias desde 1992, Rossi, Márquez ou Lorenzo
Rossi para todos, menos Fabio que botou errado e depois remarcou Rossi de brincadeira, hehe.
Que fábrica ganhou mais desde 1992 Aprilia, Honda ou Yamaha
Marc e Jorge acertaram, Honda
Quem fez mais poles, Pedrosa, Rossi ou Márquez
Marc, todos acertaram
Quem venceu o GP número 250 em 2008 na China foi? Stoner, Pedrosa ou Rossi
Martin acertou, Rossi – e ganhou o desafio de perguntas, que pra ter se tornado um hábito e que deveria dar algum brinde, na minha modesta opinião.
E acabou, com os 3 espanhóis e um francês posando para a foto oficial da Coletiva.
O tempo de rodeio mecânico no Texas começa amanhã. E vai ser o boi, o cão, o bicho…
Braaaaaap!
Fausto Macieira
